Provérbios Ordinários
A sabedoria popular onde afinal a moral é outra!
Um provérbio é sempre ordinário, já que faz parte do que é comum, quotidiano, banal, e não extraordinário. Sintetiza um conceito a respeito da realidade ou uma regra social ou moral, integrando algum tipo de alegoria ou ensinamento.
Deriva de uma cultura oral, onde a multiplicação de uma experiência depende do número de pessoas que a vivenciaram e consequentemente a divulgam, fazendo parte de um processo quase democrático de construção da realidade.
O projeto Provérbios Ordinários, da autoria da estufa, um estúdio de design de comunicação do Porto e de Viana do Castelo, pretende incentivar um processo participativo na construção de uma realidade alternativa. Ao desconstruir os provérbios existentes e ao combiná-los, de forma aparentemente desconexa, com outros, estas designers estão a dar-nos a oportunidade de coletivamente criarmos uma nova moral. Por exemplo, ficamos a saber que “Entre marido e mulher, todo o buraco é trincheira”, ou que afinal “O fruto proibido não merece castigo”.
E é aqui que o ordinário ganha duplo significado. As expressões utilizadas são de uso comum (ordinário), mas ao combiná-las de uma forma nova, cria-se uma mensagem grosseira (ordinária), evocando experiências que, apesar de serem fruto desta desconstrução, se mantêm perfeitamente inteligíveis por todos.
Prova-se assim a existência de uma realidade alternativa comum, uma amoralidade coletiva, fruto da mesma sabedoria popular.
A partir da combinação de dois provérbios, estas designers criaram uma série inicial de 9 ilustrações de Provérbios Ordinários.
Depois, durante 9 semanas, o público foi convidado a visitar o site do projeto e a criar os seus próprios Provérbios Ordinários.
O melhor Provérbio Ordinário de cada semana foi ilustrado e publicado no site e nas redes sociais na semana seguinte.
Aqui, é apresentado o conjunto das 18 ilustrações de Provérbios Ordinários.