Rota Taro Orat - ilustração

Para além de ter vindo a ser utilizado como oráculo a partir de meados do século XVIII, o tarot é antes de mais um baralho de cartas de jogo. À semelhança daqueles que nos são mais familiares, o tarot propicia uma série de jogos diferentes, apresentando como principal diferença um conjunto de 22 cartas que se destacam por não pertencer a nenhum naipe. A sua riqueza simbólica tem vindo a ser acumulada desde o século XV, refletindo as referências da época e permitindo ter um vislumbre do imaginário que foi e continua a ser construído à volta delas. Sejam elas a ilustração do monomito de Joseph Campbell* ou um espelho das preocupações e dos pensamentos transversais a toda a Humanidade ao longo dos tempos, as cartas são acima de tudo a lembrança de que todos os suportes, escritos ou ilustrados, são necessariamente um reflexo de quem os contempla.

“Rota Taro Orat” é parte da inscrição da carta “Roda da Fortuna”, uma carta que, segundo o oráculo, lida com o papel da contingência no percurso individual de cada um – a exposição convida por isso os visitantes a descobrir por eles próprios o significado das 22 cartas re-interpretadas.

 

*A teoria do monomito refere-se à evidenciação da presença de uma narrativa composta por várias fases específicas e que se crê ser comum a todas as histórias, ou, posta de outra forma, refere-se aos pontos comuns de todos os mitos de heróis.

 

Chamo-me Frederico Pompeu e sou ilustrador e designer. Nasci em Coimbra, em 1989, e fiz a licenciatura e o mestrado em Design na Universidade de Aveiro. Concluí também o primeiro ano do doutoramento em Estudos Culturais, onde estudei o papel dos livros na cultura online. Para além do meu trabalho como designer tenho vindo a fazer ilustrações para livros, jornais e outras publicações (ou então para projectos pessoais como este).
Gosto de cães e de gatos, de caril e de rodas gigantes.

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